quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Eu sou mãe!
Me conta nos comentários se você tem um cachorro, assim posso conhecer mais sobre você! :)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Cartas à Mãe - Ingrid Betancourt - Agir
A carta é linda e, em muitos momentos, Ingrid agradece à sua mãe por, mesmo sem ter certeza se sua filha contonuava viva ou não, ia todo dia falar em um programa de rádio, com a esperança de que ela ouvisse. E ela ouvia.
Logo que a carta termina, o livro traz a carta em resposta, escrita por seus filhos e, depois, um posfácio com algumas informações a respeito das Farc e da situação dos sequestrados.
A carta de Ingrid é intensa, sincera, verdadeira e me emocionou por diversas vezes. Mais uma vez eu paguei mico no metrô, chorando feito criança com o livro aberto nas mãos.
Já a resposta de seus filhos mostra o quanto o orgulho e o autoritarismo de alguns políticos podem interferir na vida de várias pessoas. Ao pensar que o sofrimento de anos dessas centenas de sequestrados podia ter acabado em algumas horas é revoltante!
Ingrid x Clara Rojas
Ao contrário do livro de Clara - Eu, Prisioneira das Farc - Cartas à Mãe não conta muito detalhes do dia-a-dia na selva, afinal, por ser uma carta dirigida à família, Ingrid tenta falar de coisas boas e mandar recados, ao invés de ficar preocupando e angustiando seus entes queridos.
O livro é pequeno e pode ser lido em poucas horas, ao contrário do livro de Clara, que é um pouco maior.
Outra diferença é a questão da amizade. No livro de Clara, comentei na resenha sobre o encerramento estranho e misterioso da amizade entre as duas. Comprei o livro de Ingrid com o objetivo de conseguir essas respostas, o que não aconteceu. Pior do que escrever de forma obscura sobre o assunto, como fez Clara, é simplesmente não mencionar o nome da amiga, como fez Ingrid.
Ou seja, minhas perguntas continuam sem resposta, mas Cartas à Mãe é lindo, transborda amor e vale a pena ser lido por quem acompanhou todos aqueles acontecimentos e para quem, como eu, não consegue entender o que fez um mulher como Ingrid Betancourt aguentar todos aqueles anos de profundo sofrimento. Eu, sinceramente, não sei se teria conseguido.
Confira um trecho
"Sinto-me vencida"
"Esses seis anos ou quase de cativeiro demonstraram que não sou nem tão resistente, nem tão corajosa, inteligente e forte quanto pensava. Travei muitas batalhas, tentei a fuga diversas vezes, procurei manter a esperança como mantemos a cabeça fora d'água. Mas hoje, mamita, sinto-me vencida".
Para saber mais sobre Ingrid, nada melhor do que devorar esse infográfico do Estadão.
Onde comprar
Os lugares mais baratos que encontrei foram: Submarino, por R$ 9,90 (aproveitem!!!) e Livraria da Travessa, por R$ 16,51.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Da série: o que me deixa bege
"Eu to passada!!!! Isso é inconcebível! Espero que Lili consiga justiça e que, um dia, todos os blogueiros possam rir desse episódio e do fim que o infeliz levou."
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O Albatroz Azul - João Ubaldo Ribeiro - Nova Fronteira
A primeira coisa que notei durante a leitura foi como o autor consegue nos aproximar do personagem principal, fazendo com que sintamos carinho, afeição e curiosidade sobre a evolução dos acontecimentos. Confesso que demorei um pouco para me habituar à esccrita de Ubaldo, as palavras escolhidas, as gírias da Bahia, a maneira diferente de se expressar e a pitada sarcástica e bem humorada do autor. Mas, depois de pegar o ritmo, a leitura torna-se agradável e fácil, fluindo tranquilamente.
Há partes muito engraçadas, em que fica quase impossível não gargalhar, e outras que podem ser consideradas drama puro, como o momento em que ele relembra sua infância e um acontecimento que mudou sua vida para sempre.
E, durante toda leitura, a dúvida sobre o nome do livro me intrigava. Não entendi a relação do nome com a história que lia. Mas, tudo tem sentido nas duas últimas páginas. E, no final, o que resta é uma sensação agradável, a paz que o livro deixa de herança e ainda mais admiração pelo autor que, no seu estilo, realmente tem um dom único para a escrita.
Para saber mais, acesse o site do livro!
Sobre o Autor
João Ubaldo Ribeiro é baiano da Ilha de Itaparica. Seu primeiro romance, Setembro não tem sentido, foi publicado quando tinha apenas 21 anos. É autor, entre outros, de Sargento Getúlio e Viva o povo brasileiro, marcos da literatura brasileira contemporânea.
Seus últimos romances, A casa dos budas ditosos, Miséria e grandeza do amor de Benedita e Diário do farol, venderam mais de 500 mil exemplares. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1993, João Ubaldo Ribeiro vive no Rio de Janeiro, onde dedica-se à literatura e colabora com jornais do Brasil e do exterior.
Em 2008, recebeu o Prêmio Camões, atribuído aos maiores escritores de língua portuguesa.
Os lugares mais baratos que encontrei foram: Submarino, por R$ 30,90 e Estante Virtual, por preços a partir de R$ 19,00.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O que é isso, companheiro? - Fernando Gabeira - Companhia das Letras
Li essa obra no primeiro ano da minha faculdade de jornalismo, durante a matária História do Jornalismo, enquanto estudávamos a época da ditadura e da censura. Faz tempo que li (9 anos...ai, como o tempo passa!), mas parece que foi ontem.
O livro mexeu bastante comigo, apesar de eu nem sonhar em existir naquela época. Foi ótimo para viajar pelos anos 60 e 70, para se sentir na pele das pessoas que sofreram com a ditadura e também para entender o sentido de tudo o que grupos organizados tentaram alcançar ao realizar movimentos, ações bem intencionadas e algumas até criminosas em nome da volta dos direitos civis e da liberdade de expressão.
Além de trazer uma visão pessoal e bem detalhada daquela época por alguém que viveu de perto todos os horrores da ditadura, Fernando Gabeira escreve bem, de maneira envolvente e super direta, sem rodeios e nem floreios. Perfeito para o leitor ter vontade de continuar e, também, para combinar com a realidade dos fatos narrados.
Conforme traz a sinopse do livro, a obra busca compreender o sentido de suas experiências a luta armada, a militância numa organização clandestina, a prisão, a tortura, o exílio e no qual elabora, para a sua e para as gerações seguintes, um retrato autêntico e vertiginoso do Brasil dos anos 60 e 70. Relato lúcido, irônico, comovente, o livro se transformou num verdadeiro clássico do romance-depoimento brasileiro e foi filmado pelo diretor Bruno Barreto. Confira um pedaço do filme:
Assisti ao filme e também adorei! o ideal é recorrer aos dois, mas, se você é diferente de mim e tem preguiça de ler, o filme é uma ótima pedida!
É bem estranho ver o atual depuado federal e imaginar tudo o que ele já viveu e lutou um dia, mesmo que de maneira meio utópica, por um Brasil melhor. Acho que o melhor do livro é a sinceridade com que ele foi escrito. Adorei. Acho que, mais do que uma boa dica de leitura, o título é necessário para conhecer mais da história do nosso País.
Sobre o Autor
Nascido em 17 de fevereiro de 1941, em Juiz de Fora (MG), ele é filho de Paulo Gabeira e Izabel Nagle Gabeira. Como jornalista, trabalhou para o Jornal do Brasil, O Dia, Zero Hora, Folha de S. Paulo e para a TV Bandeirantes. Cobriu fatos importantes como o acidente radioativo com o césio 137, em Goiânia e o day after da queda do Muro de Berlim.
No final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar por meio do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Em 1969, participou do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, a ação mais radical da guerrilha contra o regime autoritário. Foi baleado, preso e, mais tarde, exilado, numa operação que envolveu a troca de presos políticos pelo embaixador da Alemanha, também seqüestrado pela guerrilha.
Em dez anos de exílio, esteve em vários países, como Itália e Suécia, onde trabalhou até como condutor de metrô. Com a anistia, voltou ao Brasil no final de 1979, e lançou o livro "O que é isso, companheiro?". Em 1989, concorreu à Presidência da República pelo Partido Verde, mas, na ocasião, Fernando Collor foi eleito presidente.
Em 1994, 1998 e 2006, Gabeira foi eleito deputado federal. Confirma o site oficial de Fernando Gabeira.
Os lugares mais baratos que encontrei foram: Cia dos Livros, por R$ 14,63 e Americanas, por R$ 17,90.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Gentileza gera gentileza!
Os indicados: